sexta-feira, 15 de abril de 2016

Análise literária: Jesus, o maior psicólogo que já existiu, de Mark W. Baker.


  O livro que vamos ver é sobre a guerra entre a psicologia e a psicanalise e como elas tem tanto em comum. Jesus e Freud foram duas figuras importantes para o cristianismo e a psicanalise, respectivamente, e ambos deixaram sua marca na história humana, porém tiveram diferentes marcas. Jesus apoiava a fuga da vida mundana e a ida para o mundo divino, para a salvação, sendo assim, a religião faz o ser humano alcançar a vida eterna e a felicidade. Já Freud acreditava que a religião era uma maneira de as pessoas se apegarem a algo que lhes dá esperança, uma espécie de válvula de escape para os problemas, essa válvula limitava o ser humano e o torna escravo de uma inverdade, que se deve fugir da própria humanidade, para ele, o inconsciente era a chave para se resolver problemas psíquicos e manter uma boa relação com o ambiente.
  Neste livro, Mark W. Baker mostra que pode haver um vinculo entre a religião e a psicanalise sem ter a pregação e a oração dos livros religiosos ou explicações cientificas dos livros psicanalíticos. Tudo vai a base de uma única teoria, tanto para a religiosidade quanto para a psicanálise do livro: Jesus quer que que tenhamos uma boa relação com Deus e com as pessoas.
   Diversas histórias de pacientes do escritor, que trabalha com terapia, nos provam o quanto a religião a psicanalise tem tudo a ver com as relações humanas. Um dos exemplos é a história do menino Rick que aparece no capítulo 7, no subcapítulo “O Segredo para sobreviver ao sofrimento”. O menino Rick sofria bullying na escola por ser baixinho e era o último a ser escolhido em jogos, mas teve apenas um dano psicológico, não um trauma. Isso porque ele tinha Greg, seu amigo. Quando um valentão jogou Rick em uma lata de lixo, Greg o olhou como se o estivesse consolando, e isso foi o suficiente.
  O que explica esse fator da psique humana é que Jesus quer que tenhamos um bom relacionamento com Deus e com os homens, ele não exige algo que está longe do pedido pela psicologia, pelo contrário, quer aquilo que a psicologia quer: um bom relacionamento com o mundo ao redor.
  Um livro interessantíssimo e bem argumentado, com passagens da bíblia, mas sem demonstrar pregação nem ciência, apenas uma mistura perfeita das duas. É uma verdadeira reconciliação entre Jesus Cristo e Sigmund Freud.


Sobre o autor
  Mark W Baker é psicologo, profundamente religioso, é diretor-executivo da clínica La Vie Counseling Center. Escreveu também outros livros, como "O poder da personalidade de Jesus" e "Como Jesus cura a dor". Vive na Califórnia, mais especificamente em Santa Monica e faz palestras em igrejas e faculdades.


Opinião
  Consegui esse livro de uma troca com uma amiga e me perdi nele com suas histórias reais e que são a realidade de muitos outros pelo mundo. Meu interesse é a psicologia e a literatura, por isso me interessa tanto uma história que reconcilie o inconciliável. Tenho um atendimento psicanalítico e uma frequência em missas e sei a visão de Sigmund Freud sobre a religião e vejo como ótima essa reconciliação.
  Mark demonstra uma perfeita sincronia entre os dois lados, o que me deixa muito feliz por ter trocado um livro que não gosto por esse que tenho em mãos.  





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